15 de dez. de 2009

Um beco e figuras,
Figuras gráficas,
Figuras animadas
Manhã nublada
E pensamentos críticos
E a mente pulsante
À ponto de dar gritos
Revolta com tudo á volta
A cidade petrificada
Sugestiva e amarga
Um prédio desconhecido
Em meio o que alguns chamam de paraíso.

Palhaço morto,
Uma comédia glorificada
Junto a mulher cinza abandonada
A morte a espera do suicídio
E o moço morto por homicídio
E a culpa?
Num mar colorido
A liberdade?
Impressa em um muro,
De um beco escondido.

- Isabela Oliveira
- Karina Pinheiro

14 de set. de 2009

Esquizofrenia literária

A maioria dos escritores são, um tanto quando mentirosos porque onde já se viu uma pessoa escrever um livro de coisas que nunca aconteceram ou até mesmo que nunca existiram?. Eles podem também sofrer de algum tipo de esquizofrenia literária. Tem também os autores de novelas que sempre contam uma historia que não tem nada a haver com a realidade – mas mesmo assim insistem em dizer que estão retratando a realidade de uma forma contemporânea – me impressiono também com os poetas que escrevem coisas bonitinhas e amarguradas que de algum modo nós dizemos para nós mesmos que tal poema é tão lindo e que é tudo aquilo que você sente, ou sentiu, em algum momento de sua vida.
Fico impressionada comigo mesma, pois sempre caio nessas historias mentirosas, nesses poemas amargurados e me prendo nas novelas que retratam o nosso dia-a-dia contemporâneo. Eu também escrevo historias mentirosas e também adoro escrever meus poemas amargurados, só não escrevo as novelas contemporâneas, pois se eu começar a escrevê-las não terá mais graça assistir as novelas com minha vovó iludida.

4 de set. de 2009

Conheço a mulher menina desde que nasci
Tudo que ela pede talvez eu não poça faça fazer
Tenho pavor em dividi-la
Tenho medo de desapontá-la
Tenho medo de perdê-la
Tenho medo de não amá-la como deve ser amada
Penso na nossa despedida
Três pessoas confusas
Três pessoas esgotadas
Três pessoas feridas, com a vida
Por fora pareço com ela, por dentro pareço com ele
No fundo eu sei
No fundo eu sinto
Eu sei que o amo
Eu sei o que eu sinto
Eu não sei o que faço
Não sei se consigo, mas sei que posso
Talvez eu pense que eu esteja lendo um livro, cujo final,
Inesperado
Culpado
Trágico
Sei que o medo esta em nós
Fico sem jeito
Sei que ele me ama
Sei que ela o ama
Sei que eu os amo
Mas sinto que não estou preparada
Sempre vou adiando o que tem que ser feito
Sempre vou adiando o que tem que ser dito
Tenho apenas lembranças da nossa infância
Da despedida
Das brigas
Das risadas
Três pessoas com o destino na mão apenas de uma pessoa
Uma pessoa que não sabe quem é de verdade
Uma pessoa com duvidas
Uma pessoa com medo.

11 de jul. de 2009

Uma angustia na ponta do estômago
Uma festa que está acontecendo
Um filme que saiu em cartaz está no ar
Junto com a angustia que esta a apontar
Vejo as nuvens.

6 de jun. de 2009

Loucura ou a mais pura sanidade?
Todas elas juntas causam a paranóia humana
A paranóia mais sã que eu já vi
Em um mundo paralelo, uns falam que é a loucura
Outros acreditam na mais pura sanidade humana.
A dor.
A loucura.
A família.
A mais pura sanidade.
Falando tudo aquilo, que ninguém nunca teve coragem de falar
E que ninguém nunca teve a coragem de ouvir.

11 de mai. de 2009

Quem sabe um dia
possa fazer uma intensa viajem
a todos os lugares mais inusitados
um lugar procurado por muitos
e achado por poucos
basta coloca-lo dentro de você
e achar o lugar procurado por todos
pode ser qualquer um
é só colocar para dentro de você
não importa a cor
coloque-o para dentro.

13 de abr. de 2009

Eminente doçura no céu de amargura
Brilhante ideia situada no inferno da culpa
Escapando da ideia de miséria,
A insónia me diverte
O efeito descontente da miséria que me persegue.

29 de mar. de 2009

Já que passo por incertezas sentimentais
Ela sempre fala do meu "idealismo", canso de ouvir isso
coração machucado.
Ela não vê que tenho-a com muito afeto, carinho, amor, tudo que é bom sentir por uma pessoa que esteve com você em todos o momentos de uma vida.
Passo por uma carência materna.
Sempre me acovardo em falar o que sinto para ela.
Me irrito com ela.
Ela se irrita comigo.
Não aceito o fato de ter “perdido” um elo familiar.
Não aceito o fato de ter mais uma pessoa entre nós.
Tenho medo de perde-la.
Tenho medo de assumir os meus segredos, desejos e nostalgia.

27 de fev. de 2009

Palavras que ecoam apenas no silêncio
Talvez se eu soubesse o que realmente eu queira
Ela ficaria feliz...
Destino eu o credito.
Por mais que eu cresça não consigo aceitar
Os fatos
O destino
A vida...
Complexa como sempre não há entendo
Tento a entender (ou não)
Só enxergo o que me vale
O medo me vale
O temor de algo melhor me sufoca

Os lábios que não conheci me atormentam
Depois de todo esse tempo esses desejos me perseguem
Essa Ana sempre me persegue
Essa insensatez de não agir e observar
Olhar tudo o que se passa
Remédio
Cigarro
Bebida
Tosse

Adolescência programada
Eles nos fizeram assim
Querem que continuemos assim
Sem pensar
Sem agir
Sem gritar
Sem ouvir
Eles vão nos oprimir
Fim dos tempos?
Como de uma nova guerra por dinheiro esta por vir
Mistura de sentimentos desencadeados
Lobotomia em massa.

Um sonho, nos tempos em que vivemos
Quase impossível
Fantasia de criança
Em um futuro presente não haverá mais nenhuma se quer para contar história.

16 de jan. de 2009

Ele apareceu do nada como se fosse um raio.
Colocou tudo de cabeça pra baixo
á baixo do que eu sinto por ela.
Ela, sente medo e confusão,
confusão sexual.
Sentimentos,psicodelicos em torno de meu coração.